domingo, 28 de fevereiro de 2010

Amor gravado nas mãos

Vede as Minhas mãos e os Meus pés, que sou Eu mesmo; apalpai-Me e verificai, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que Eu tenho. Dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. Lucas 24:39, 40

Tolstoi, o grande escritor russo, contou, certa vez, a história do Czar e da Czarina que desejaram honrar os membros de sua corte com um banquete. Eles enviaram os convites e avisaram que os hóspedes deveriam vir com eles na mão. Quando chegaram ao banquete, os hóspedes ficaram surpresos ao ver que os guardas não examinaram os convites, e sim, suas mãos. Os convidados tentaram imaginar o que significaria isto, mas também estavam curiosos para ver quem o Czar e a Czarina escolheriam como hóspede de honra, para sentar-se entre eles no banquete.

Todos ficaram espantados quando viram que a pessoa escolhida foi uma idosa faxineira, que durante muitos anos trabalhou arduamente para manter limpo o palácio. Os guardas, ao examinar-lhe as mãos, declararam: “A senhora tem as credenciais adequadas para ser a hóspede de honra. Podemos ver seu amor e lealdade em suas mãos.”

Conta-se uma história semelhante do grande missionário Adoniram Judson, na antiga Birmânia. Judson dirigiu-se ao rei da Birmânia a fim de pedir-lhe permissão para ir a determinada cidade e pregar. O rei, pagão, mas muito inteligente, respondeu: “Eu estaria disposto a deixar uma dúzia de pregadores ir lá, mas não o senhor, com essas mãos. O meu povo não é tolo para se importar com a sua pregação, mas eles notariam as suas mãos, calejadas pelo trabalho.”

A crucifixão de Cristo deixou os discípulos desorientados. Suas esperanças de “que fosse Ele quem havia de redimir a Israel” (v. 21), haviam desabado. Com medo dos judeus, reuniram-se no cenáculo. Chegara-lhes a informação de que Jesus havia ressuscitado, mas hesitavam em crer e não se achavam psicologicamente preparados para encontrá-Lo. Nesse estado de tensão emocional, ficaram apavorados quando Jesus apareceu entre eles. Pensaram que fosse um fantasma.

Foi preciso que Jesus os acalmasse, mostrando-lhes as mãos e os pés, e pedindo-lhes que O apalpassem, dando-lhes assim uma prova visual, auditiva e tácita de que Ele realmente havia ressuscitado. Possuídos dessa certeza, os discípulos, antes temerosos e cheios de dúvidas, se tornaram apóstolos de grande coragem e abnegação.

Jesus conservará as marcas dos cravos em Suas mãos e pés por toda a eternidade, como testemunho do preço pago por nossa redenção, e como prova de Seu amor por nós.

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